segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

CAP. 02 - Once upon a time

CHAPTER TWO

Havia na vila de camponeses um velho sábio, que muitos diziam ser bruxo, a quem Melissa tinha profundo respeito e admiração. Razar, apesar de ser chamado sempre de "velho mago", era um velhote muito forte, usava sempre mantos enormes com cores que não eram vistas na região e morava em um casebre perto da floresta,aos pés dos Alpes Escuros, onde recebia visitas de vez em quando, ele era muito chegado a família de Melissa, que desde pequena via a figura de um homem com longas vestes e um chapéu pontudo chegar em sua casa, ficar para o jantar e ir embora logo após isso. A pequena camponesa decidiu que o bruxo seria a única pessoa para quem ela contaria seu plano de falar com o rei. 
Em um belo dia, após ver seu pai levar seus cinco irmãos homens para trabalhar e ficar com suas duas irmãs, mamãe e vovó, a pequena Melissa tomou a decisão de pegar uma cesta e dizer a mãe que iria apanhar algumas frutas no bosque, assim, passaria na casa do velho Razar para contar-lhe seu desejo de falar ao rei que seu povo não estava tão feliz quanto ele dentro do lindo palácio. E assim o fez, saiu de casa duas horas após o almoço e decidiu ser rápida para regressar antes do sol se pôr, pois o bosque ficava perigoso lá por essas horas. Em direção ao casebre do Sábio Bruxo, ela colheu as frutas que dissera a mãe e logo após alguns bons minutos de caminhada avistou a clareira onde ficava o singelo casebre de Razar. Melissa chegara a visitá-lo algumas vezes, pois adorava as histórias do velho sobre o antigo povo druida, um antigo povo mágico, onde ela ficou fascinada com Merlim e suas histórias. Tão logo chegou a porta, chamou o mago, ele apareceu como se já esperasse aquela visita.
- Muito feliz por saber que fez uma escolha certa, pequena sábia. - Disse o mago 
- Ora, senhor Razar, como pôde saber que viria?
- Digamos apenas que tenho uma ótima intuição! - exclamou Razar com uma piscadela. - Venha, pequena Melissa, entre, não fique muito tempo aí fora olhando para este velho!
Melissa obedeceu o velho sem exitar, tirou a capa e a pôs no cabideiro e repousou a cesta na mesa de madeira do velho. O casebre era aconchegante e a lareira estava acessa.Ela se sentou na cadeira mais próxima a lareira e ficou esperando Razar, que, após deixar a pequena camponesa entrar, seguiu para cozinha. Voltando com duas xícaras em cada uma das mãos, o velho mago disse:
- Gostaria de um chá, pequena sábia? Creio que a nossa conversa não será tão breve quanto eu imagino.
- Claro, senhor Razar - Disse Melissa pegando uma das xícaras vendo o velho se sentar na cadeira em frente - Bom, é que na verdade, estou pensando em falar o Rei de Adalif.
Certamente, como Melissa também percebeu, não era isso que o mago esperava ouvir, pois ele fez uma pausa muito maior do que de costume com a xícara nos lábios com os olhos esbugalhados e neste mesmo instante ouviu uma batida na porta do casebre.



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Um comentário:

  1. Olá Tha Santos,
    Adorei o Mago, alias eu sempre gosto desses personagens que simbolizam a sabedoria! A história está uma delicia.
    Beijões

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