segunda-feira, 19 de março de 2012

CAP. 08 - Once Upon a time

CHAPTER EIGHT


Tic,tac,tic tac.Era como se Razar ouvisse cada batida do Relógio em sua cabeça.

Melissa não sabia como havia parado naquela choupana. A bruxa a atraíra para uma armadilha capturando seu irmão em um ponto obscuro e paralelo da floresta e mandou uma mensagem para a camponesa dizendo que seu irmão havia sido capturado e logo seria executado caso não obedecesse suas ordens, e foi exatamente o que a leal, camponesa, agora sábia feiticeira, acabou fazendo. Ao descobrir seu irmão em perigo a menina não havia escolha senão salvá-lo, a bruxa adormeceu os dois e quando acordaram eles estavam em uma choupana sem janelas.Ela se levantou e observou uma linda mulher sobre um caldeirão que exalava um cheiro de rosas maravilhoso e uma fumaça roxa densa que infestava todo o cômodo.
- Porque? Quem é você? Porque capturou meu irmão? Não tenho dinheiro, se espera isso, pode nos soltar! E se trabalha para a bruxa, prepare-se para morrer! - Disse a camponesa com a voz firme, sem receio de enfrentar a moça linda e a resposta de imediato foi uma fina risada que gelava as espinhas.
- Como você é tola, garota! - disse a voz aguda, e a garota entendeu tudo.
- Eu sabia que era você o tempo inteiro! - Disse Melissa - Porque faz isso? Porque prefere que as pessoas vivam tristes? o que você ganha com isso?
- Menina burra! É contemplando a infelicidade, ódio, rancor, inveja que minha aparência segue linda e eu sigo imortal e imune as ações do tempo! Eu não sei o porque preciso te contar essas coisas, vou matar você e seu irmão logo, logo!
- E porque não faz isso logo? Porque não me mata? Se sabia desde o princípio o que estava acontecendo, porque não agiu antes? Porque me prendeu aqui? Que lugar é esse? - indagou a corajosa Melissa, com firmeza na voz.
- Blablablabla! - zombou a bruxa - Não me venha com conversas sua tola! Não vou contar nada a você! Apenas mostrarei minha verdadeira identidade para saber o porque eu não agi antes! - Foi nesse momento em que a bruxa levou uma concha de sua poção aos lábios e um estalo seguido de uma transformação deixou a menina horrorizada, traída.
- Não! Não é possível! - A camponesa parecia aterrorizada!
- Sua avó já morreu há tanto tempo que eu nem sei! Aquela senhora lá é apenas um corpo que EU comando! Ela me limita, sim, mas soube de tudo desde o momento em que Oliver nasceu e quando você nasceu eu senti uma aura tão boa que me deu nojo e repugnância! - A bruxa acabara de se transformar em sua avózinha, com quem ela cuidava com tanto cuidado e que quase nunca falava. - Você não é páreo para mim, pequena camponesa, como se eu não tivesse enxergado cada passo seu nesses último anos! Sei tudo o que você é e o que pensa!
- O que ganha com essa imortalidade? A divide com quem? Se vive sozinha nesse buraco sem janelas, sem a luz do dia? O que ganha? Quem você é na realidade?
- Eu não quero mais ouvir perguntas de uma aprendiz insolente! - A bruxa foi tão rápida que Melissa mal teve tempo para pensar, sentiu apenas uma pancada na cabeça e caiu de joelhos no chão, sentia sua cabeça doendo como mil agulhas adentrando em seu crânio, ela chorava de dor, seus sonhos mais terríveis foram ressuscitado e tudo que ela queria era perder a vida, implorou misericórdia, porém a dor somente aumentava e com a mesma rapidez que veio a dor foi embora. - Entendeu agora que não pode me tocar querida? Todos esses seus medos me deixam mais linda, viverei para sempre e você não irá me impedir de ter meu próprio reino. - E com o poder da mente a bruxa jogou o corpo de Oliver para a parede e a garota gemeu de dor, porém, imóvel, não conseguiu fazer nada. - Se continuar a fazer perguntas, eu juro que não terei piedade e farei vocês dois sofrerem antes de matá-los. Antes eu preciso que a lua cheia fique em seu mais belo estado no céu.
E Melissa sabia o porque, em seu tempo de aprendizado, sabia que era quando a Lua Cheia estava em seu mais perfeito estado que as forças de qualquer conhecedor de magia aumentavam quase cem vezes, porém, ela precisava bolar um plano muito mais rápido e eficaz, não sentia firmeza para usar seus poderes através do anel e, tinha a leve impressão de que a bruxa não sabia que ela era uma feiticeira.
- Não adianta, eu sei de tudo, garota. Sei o que aprendeu e sei que não devo temê-la, minha casa, meus poderes. Por que acha que não tirei esse anel ridículo do seu dedo ainda? - Disse a dona daquela voz fina que Melissa só ouvira em seus pesadelos.
Ainda lhe restava o amor e com esse sentimento carregado em seu coração foi até o corpo de Oliver, não,não,não, ele não pode estar morto, não agora!, pensava consigo e ao colocar as mãos sobre o peito do irmão, descobriu que ainda lhe restava vida, mesmo naquele corpo abatido, mutilado por pancadas. Os invejosos haviam feito um bom trabalho e não foi total culpa da bruxa, pois ela somente viu uma oportunidade, a inveja já existia. Precisavam sair daquela vila, será que o rei os acolheria, o que faria?
- Já é noite e a Lua já está no céu, não devo explicações, portanto acorde AGORA esse moleque! - Ordenou a bruxa.
Como no piloto automático, Melissa se sentia controlada, não tinha mais poder sobre suas ações, acordou Oliver com palavras doces que não eram delas e o abraçou com ações que não eram suas e de repente estava sobre o controle de seu corpo e a risada fina que arrepiavam as espinhas foi ouvida novamente, em deboche da situação.Melissa apertava o corpo do irmão com toda a força que ainda lhe restava.
- Ah, como adoro isso! Pena só conseguir fazer isso dentro de minha própria casa. - Ela soava maluca, insana e Melissa estava com medo. Toda a coragem havia ido embora e seu anel era apenas um mero objeto sem significado, sem poder.
De repente ouve um estalo em sua cabeça e ela se lembrou que os antigos bruxos e os detentores de magia negra escondem seu verdadeiro nome, pois eles revelavam a verdadeira essência e dava poder a pessoa que o pronunciasse em voz alta. A questão era saber qual o nome da bruxa e, a camponesa-feiticeira, tinha a impressão de que já ouvira Razar falar o nome da maléfica e abominável criatura de alma perdida que se situava em sua frente.A Bruxa os amarrou a um canto da parede que parecia ter sido perfeitamente arquitetado para momentos como esse, correntes para prender os pés e as mãos eram menores que os pulsos dos irmãos, doía ficar preso com aquela corrente. Oliver assistia tudo calado, apenas com uma expressão vazia no rosto.

Tic,tac,tic tac.Era como se Razar ouvisse cada batida do Relógio em sua cabeça, o tempo corria.

- Não adianta, garota! Já não disse que minha casa, meus poderes, isso não entrou na sua cabeça ainda? - A bruxa soava tão fria quanto sua expressão e seu olhar. - Além do mais, só meu ex-marido conhece meu verdadeiro nome.
Melissa não conseguiu imaginar a bruxa com uma mosca ao lado e imaginar um homem, como em conto de fadas, ao seu lado, era muito pior, ela não tinha amor,paz, a Bruxa era apenas um corpo que vagava por este mundo com uma beleza vazia que custava caro para uma centena de pessoas. Duas facas foram tiradas do caldeirão e fincadas ao lado da cabeça de cada um deles e então uma espada tão luminosa quanto a luz do sol saiu de dentro do caldeirão logo em seguida, era linda, mas ao ser empunhada pela bruxa a lâmina ficou opaca, porém uma leve aura vermelha contornava a espada, mesmo assim, ela ainda era linda. Com um movimento a bruxa cortou o grande caldeirão ao meio e um líquido verde perolado esparramou-se pelo chão e inundou a choupana. Melissa mirava a bruxa, que se aproximou e logo previu o próximo golpe da maléfica, cortaria a cabeça dos dois e com isso toda a vila iria morreria também.

Tic,tac,tic tac.Era como se Razar ouvisse cada batida do Relógio em sua cabeça, o tempo corria, não havia mais nem um segundo a perder.





2 comentários:

  1. Ai meu Deus!!! Escreve o capítulo 9 logo, por favor!!!
    A história está super empolgante e não consigo nem prever direito o que vai acontecer em seguida. Está muito bom!
    Beijão

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    1. Hehehe ;)
      Espero que esteja se divertindo mesmo! (=
      Beijos, estou indo escrever!rs

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